O livro, como o conhecemos atualmente, quer no seu formato convencional, quer digital, certamente continuará a existir, sem que nenhum dos moldes tenha necessariamente de se sobrepor ao outro.

O futuro do livro - do convencional ao digital

Embora alguns arautos da desgraça tenham preconizado que os livros em papel iriam rapidamente acabar face ao aumento do consumo do livro digital, o certo é que o crescimento deste último tem vindo a abrandar nos últimos anos, sendo que, em 2015, segundo a Associação de Editores Norte-Americanos, o formato registou mesmo uma queda de 10% nas suas vendas.

Fenómeno momentâneo ou não, parece-me inegável que tanto um formato como o outro podem perfeitamente coexistir, beneficiando todos os intervenientes, desde o autor, editor, distribuidor, livreiro e cliente. Enquanto algumas pessoas preferem folhear um livro físico, tocando nas suas páginas e sentindo o seu cheiro característico, outras preferem descarregar o livro e ler o mesmo no seu dispositivo móvel.

O autor, em específico, pode optar por disponibilizar o seu livro apenas num dos formatos ou em ambos, dependendo dos seus objetivos, pelo que o seu livro e o seu trabalho estará sempre salvaguardado.

Seja como for, essa luta oculta entre livro em papel e livro digital só demonstra a vitalidade do livro e que, enquanto forma de entretenimento e não só, é indubitável que irá perdurar durante muitos mais anos, para que, quer a nossa, quer as gerações vindouras, possam usufruir do mesmo.